Em cerimônia de posse, Maria Angela de Jesus assume cargo com ênfase em legado e diálogo
Maria Angela de Jesus, nova diretora-presidente da Fundação Padre Anchieta (FPA), assumiu o cargo na última sexta-feira (13). A primeira mulher eleita para o cargo tem 25 anos de experiência no audiovisual, e fez seu primeiro pronunciamento nesta segunda-feira (16), na sede da emissora, em São Paulo.
Durante o discurso, fez um agradecimento ao antecessor José Roberto Maluf, além dos diretores e colaboradores que conversou ao longo dos últimos dias desde que foi eleita para o cargo.
“Foi muito bacana sair, conhecer e ver de perto o trabalho que se faz aqui dentro. Constatar que temos muita paixão, muita força e muito desejo de dar continuidade a esse legado maravilhoso da Fundação. Foram conversas boas, conversas abertas. Eu acho que esse é o espírito dessa nova gestão”, expõe.
Maria Angela também destacou a importância de uma gestão horizontalizada e o valor do diálogo, já que acredita que é com ele que se avança: “Em todos os lugares que eu passei sempre busquei essa gestão mais próxima, essa gestão de olhar nos olhos, de poder entender as pessoas e poder conversar. Estamos juntos nesse barco. Eu tô aqui capitaneando, mas contando com vocês, e a gente segue no mesmo caminho, na mesma direção”.
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Esta é a primeira vez, em quase 60 anos, que uma mulher é eleita para a presidência da instituição. Maria Angela já teve passagens pela HBO, Netflix e Paramount+ e pela produtora Conspiração Filmes, onde atuou como produtora associada.
“É sim um momento histórico, é um momento de olhar para frente, respeitando o legado, olhando o passado, melhorando o nosso presente e construindo um futuro ainda mais bonito, ainda mais forte e vibrante”, destaca a nova diretora-presidente.
Maria Alice Setubal, conhecida como Neca Setubal, assume a presidência do Conselho Curador da Fundação Padre Anchieta, sucedendo a Fábio Magalhães. A socióloga será a segunda mulher a ocupar o posto, já preenchido pela advogada e professora Esther de Figueiredo Ferraz, entre 1971 e 1973.
Na cerimônia, ela destacou ainda que: “Essa gestão é uma reafirmação de que a TV Cultura é uma TV pública, autônoma e independente. Acho que a minha eleição, especialmente a eleição da Maria Ângela, é a prova disso. Ela foi eleita num processo super aberto, transparente, participativo e que a gente do conselho fez questão de tudo isso”.
Na ocasião, a nova chamada da TV Cultura, produzida pelo diretor de arte Henrique Bacana, também foi apresentada a todos os colaboradores.
“Ela traz um conceito muito bonito que enfatiza a importância das relações humanas, de como a nossa identidade como indivíduos é moldada pela interação com os outros e com a comunidade. A partir disso o conceito tem uma definição muito simples. Eu sou porque nós somos”, esclarece Maria Angela de Jesus, que será responsável por administrar a TV Cultura, as Rádios Cultura Brasil e FM, TV Rá Tim Bum, Univesp TV, Orquestra Brasil Jazz Sinfônica e Solar Fábio Prado. Seu mandato será de três anos, de junho de 2025 a junho de 2028.
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