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Polícia Civil conclui inquérito sobre mote do empresário Mazinho Teixeira, mandante do crime continua foragida – Portal Momento

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A polícia concluiu as investigações sobre o assassinato do empresário Rudiomar Teixeira, de 58 anos, conhecido como “Mazinho”, que foi morto durante um roubo à sua residência no momento em que chegava em casa, no dia 16 de agosto do ano passado, em São Gabriel da Palha, no Noroeste do Espírito Santo.

Segundo a polícia, os executores do crime foram três homens, eles foram identificados e já estão presos.  Apontada pela Polícia Civil como mentora do crime, Joselma Pereira de Barros Ramos, de 39 anos, está foragida. Segundo a polícia, grupo planejava roubar “milhões” que, conforme as informações recebidas pelos indiciados, a vítima teria em casa, mas, segundo as investigações,o empresário que era agiota não tinha esse montante em casa.

Polícia detalha crime 

No dia do crime Mazinho Teixeira havia saído de casa para assistir o jogo do Flamengo com amigos. Em seguida, por volta de 00h19, retornou para casa de carro. “Dois indivíduos aguardavam na garagem, escondidos dentro do cemitério. Ao estacionar, a vítima foi surpreendida pelos suspeitos armados. Um deles tentou invadir a casa, mas foi impedido por um portão de ferro, enquanto o outro tentou amarrar Mazinho. Ao reagir, foi alvejado com sete disparos a curta distância, atingindo principalmente tórax, costas e ouvido”, detalha o delegado Valdimar Chieppe.

Matar e roubar

Segundo o delegado, os suspeitos fugiram pulando o muro do cemitério que fica próximo à residência, no centro da cidade, abandonando uma mochila contendo gasolina, corda, balaclava, fita e máscara, o que indica segundo a polícia, a intenção de roubo seguido de morte, e não apenas uma execução.

“As investigações identificaram que, além dos dois atiradores, uma terceira e quarta pessoas participaram do crime, usando o Ford Ka para transporte. O veículo foi rastreado por câmeras e possuía características distintas, além de circular por rotas alternativas para evitar detecção. A placa verdadeira foi identificada e verificado que o carro pertencia a um homem, que o alugou para Joselma, responsável por levar os atiradores até a residência da vítima e, após a ação criminosa, resgatá-los do local”, disse o delegado.

segundo os investigadores, um dia antes do crime, os suspeitos Joselma Pereira de Barros Ramos (foto), além de três homens, de 21, 23 e 27 anos, se encontraram na cidade de São Gabriel da Palha, onde realizaram levantamentos prévios sobre o local do crime e definiram a rota de fuga. Após coletarem essas informações, retornaram para Linhares e, na noite seguinte, voltaram a São Gabriel da Palha para executar o crime.

Segundo a polícia, Joselma possui envolvimento com o tráfico de drogas na região de Rio Bananal, Linhares e Jaguaré, e já era investigada por outro assassinato recente. Ela chegou a ser presa, mas foi liberada pela Justiça, não sendo mais localizada quando foi emitida nova ordem de prisão pelo assassinato em São Gabriel da Palha. “O inquérito indicou que ela estaria envolvida em atividades criminosas relacionadas ao tráfico de drogas e teria alugado o carro utilizado no crime. Testemunhas e interrogatórios apontam que Joselma conhecia a vítima e mantinha uma relação comercial com ele, sendo Mazinho um agiota da região”, explicou o delegado.

Dinheiro em casa

A informação que o grupo criminoso tinha, era que o Mazinho atuava como agiota e gaurdava R4 3 milhões de reais em casa, por isso eles planejaram roubá-lo, na verdade ele não tinha esse valor guardado em casa”, comentou o delegado

“Ele era um agiota, sim, mas não guardava dinheiro na residência. Os depoimentos indicaram que o máximo que ele mantinha em casa era R$ 5 mil, R$ 3 mil, que era o dinheiro que usava no mês mesmo. Não tinha cofre, nem nada. Só que eles receberam essa informação de que havia R$ 3 milhões em dinheiro, e por isso vieram roubá-lo”, explicou o delegado.

Segundo a Polícia Civil, a perícia da Polícia Científica recolheu impressões digitais na cena do crime que, após exames periciais, foram identificadas como pertencentes aos possíveis autores dos disparos, ambos já indiciados pela prática de latrocínio, que é o roubo seguido de morte.

Durante a investigação, segundo a polícia, “foi fundamental a análise do telefone celular de Joselma, apreendido e examinado pelo Centro de Inteligência e Análise Telemática (Ciat) da PCES, que revelou importantes elementos sobre a comunicação e a logística entre os envolvidos. Além disso, dados telefônicos de todos os suspeitos confirmaram a presença deles no perímetro da residência antes, durante e após o crime, momento em que fugiram para a cidade de Linhares”, informou a corporação.

A Polícia Civil acrescentou que “com base nas provas robustas colhidas, os envolvidos foram formalmente identificados e indiciados pela prática do crime de latrocínio, previsto no artigo 157, § 3º, inciso II, do Código Penal Brasileiro. O inquérito policial foi concluído e encaminhado ao Ministério Público (MPES) para as providências cabíveis”. 

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