Mais de 2 mil adolescentes da Fundação CASA concluíram cursos profissionalizantes em 2025
No primeiro trimestre deste ano, 2.232 adolescentes que cumprem medida socioeducativa nas unidades da Fundação CASA, em todo o estado de São Paulo, receberam certificados de conclusão em cursos profissionalizantes.
As aulas aconteceram dentro dos próprios centros socioeducativos, através de parcerias com o SENAC-SP, SEBRAE-SP, Fundação de Apoio à Tecnologia (FAT), Fundação Bradesco, Centro Paula Souza, entre outras.
Ao todo, foram oferecidas 47 opções de cursos em áreas como administração, atendimento ao cliente, informática, moda, marketing, vendas, cultura e muitos outros. Essa variedade permite que os jovens descubram novas aptidões e ampliem suas possibilidades profissionais ao deixarem a instituição.
A presidente da Fundação CASA, Claudia Carletto, destaca a importância da qualificação para os adolescentes.
“A Fundação CASA é, antes de tudo, um lugar de reconstrução. Quando oferecemos educação, qualificação e cultura, estamos dizendo a esses adolescentes que eles têm, sim, um futuro possível. Muita gente não imagina o quanto de transformação acontece dentro dos nossos centros socioeducativos. Nosso trabalho é justamente esse: abrir caminhos onde antes só havia muros. E cada certificado entregue é uma porta que se abre para um novo começo”.
Além disso, a gerente de Educação Profissional da Fundação, Cristina Lumiko Watanabe, reforça que a conclusão dos cursos amplia o repertório dos jovens da Fundação, assim, os preparando para o mercado de trabalho.
“A maioria dos adolescentes sai da Fundação CASA com pelo menos um ou dois cursos concluídos. Isso amplia a visão sobre o mundo do trabalho, que muitos desconheciam antes do cumprimento da medida.”
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Certificados entregues por região no 1º trimestre de 2025:
– Capital e Grande SP (DRCAP): 490
– Litoral e ABC (DRL): 237
– Campinas (DRMC): 314
– Ribeirão Preto (DRN): 267
– Rio Preto e Araçatuba (DRO): 225
– Iaras e Sorocaba (DRS): 317
– Vale do Paraíba (DRVP): 382
O avanço na qualificação profissional também se refletiu nos dados consolidados de 2024. A Fundação CASA superou a meta do Plano Plurianual (PPA) do Governo do Estado para certificação profissional, que antes era de 80%, e atingiu 95,5%. Ao todo, 4.668 adolescentes foram certificados em cursos de formação profissional básica no ano passado.
Os resultados integram um conjunto mais amplo de ações pedagógicas. No ano passado, o índice de progressão em alfabetização e letramento alcançou 71,31%, um salto em relação aos 44,68% de 2023. Os dados desse último ano foram impulsionados pela realização de 1.253 oficinas pedagógicas, que beneficiaram mais de 11 mil jovens.
A Fundação também estimulou o acesso ao ensino técnico e superior: 263 adolescentes participaram do vestibulinho das Etecs, com 61 aprovados, além de 89 jovens que se inscreveram para as Fatecs. Outros 1.401 prestaram o Encceja PPL, 242 fizeram o Enem PPL e 1.238 participaram do Provão Paulista.
Além do ensino formal e profissionalizante, as ações da Fundação CASA abrangem cultura e esporte como eixos complementares da socioeducação. Em 2024, 1.952 adolescentes participaram de saídas esportivas, organizadas com o apoio de clubes, prefeituras, secretarias de esporte e instituições culturais. Na cultura, 1.100 adolescentes integraram oficinas musicais do programa Guri e 1.485 participaram de visitas a museus.
“Cada jovem que passa pela Fundação CASA precisa encontrar oportunidades reais de aprendizado e crescimento. O aumento expressivo no índice de aprendizagem, aliado às certificações e ao acesso ao ensino técnico e superior, reforça que estamos construindo caminhos concretos para que esses adolescentes tenham um futuro diferente”, reforça Carletto.
Sobre a Fundação CASA
A Fundação Centro de Atendimento Socioeducativo ao Adolescente (CASA), vinculada à Secretaria de Estado da Justiça e Cidadania, aplica medidas socioeducativas conforme o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e o Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo (SINASE).
O órgão atende jovens de 12 a 21 anos incompletos em São Paulo e executa medidas de privação de liberdade e semiliberdade determinadas pelo Poder Judiciário. As medidas são baseadas no ato infracional e idade dos adolescentes e têm foco no retorno do adolescente ao convívio social.
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