Ex-coordenadora do abrigo de crianças de São Gabriel da Palha é presa e indiciada por exercício ilegal da medicina – Portal Momento
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A Polícia Civil indiciou a ex-coordenadora da Casa Lar “Abrigo Luz”, Dorinda Varella Lamas pelos crimes de exercício ilegal da medicina, denunciação caluniosa, falsa comunicação de crime e associação criminosa. Na última quinta-feira (6) ela foi presa e encaminhada ao presídio feminino em Colatina. De acordo com a Polícia Civil, a investigada foi presa em flagrante por coação no curso do processo, ao tentar intimidar uma testemunha dentro da delegacia. O caso foi encaminhado ao Ministério Público do Espírito Santo (MPES) para as devidas providências.
O delegado Valdimar Chieppe, disse que a investigada havia sido intimada a comparecer à delegacia para prestar esclarecimentos no inquérito em que é investigada. A oitiva estava marcada para ás 14 horas. No entanto, ela chegou por volta das 11 horas, no mesmo horário em que uma testemunha também intimada estava para ser ouvida. “Ela compareceu antecipadamente, fez uma transmissão ao vivo em frente à delegacia e, ao entrar na recepção, começou a filmar e fotografar a testemunha, numa tentativa clara de intimidação”, afirmou o delegado.
A testemunha, que se apresentou nervosa e abalada com a situação, relatou ao delegado que temia represálias por parte da investigada que sempre age de forma descontrolada nas redes sociais. “Verificamos as imagens das câmeras de segurança da unidade policial e confirmamos que ela estava registrando e intimidando a testemunha. Diante disso, demos voz de prisão em flagrante por coação no curso do processo”, explicou o delegado.
A ex-coordenadora do Abrigo Luz também é suspeita de realizar diversas denúncias falsas contra autoridades e terceiros, além de disseminar informações enganosas por meio de transmissões em redes sociais. “Encaminhamos todo o material coletado ao Ministério Público e ao Poder Judiciário para análise das medidas cabíveis”, frisou o delegado.
Exercício ilegal da medicina
O delegado Valdimar Chieppe esclareceu ainda que a investigada, enquanto coordenadora do Abrigo Luz, praticou exercício ilegal da medicina ao medicar crianças e adolescentes sem supervisão médica. “Ela administrava medicações, inclusive anticoncepcionais a uma adolescente de 14 anos, além de outros medicamentos sem qualquer respaldo profissional”, afirmou o delegado.
A situação foi descoberta após denúncia ao Conselho Tutelar, que encaminhou o caso ao Ministério Público. A Prefeitura, ao tomar conhecimento dos fatos, exonerou a coordenadora de suas funções em agosto do ano passado.
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