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Líderes de facções criminosas no Rio vão para presídios federais

Presídios federais receberão 10 chefes de organizações criminosas do Rio de Janeiro, atendendo a um pedido do governador fluminense, Cláudio Castro, ao ministro da justiça e segurança pública, Ricardo Lewandoswki. A transferência foi anunciada nesta quarta-feira (5), após reunião entre as autoridades no Palácio da Justiça, em Brasília. As vagas no Sistema Penitenciário Federal serão abertas imediatamente, segundo o Ministério da Justiça e Segurança Pública.

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, atendendo a pedido do governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, anunciou que a União oferecerá dez vagas em presídios federais para alocar lideranças criminosas do Rio de Janeiro. Foto:  MJSP/Divulgação

O pedido teve como base relatórios de inteligência, que identificaram a atuação ativa dessas lideranças criminosas na instabilidade da segurança pública no estado. As transferências têm o objetivo de evitar novas associações e articulações para a prática de crimes.

“Com a transferência de lideranças de milícias e de facções para presídios em outros estados, conseguimos interromper uma cadeia de comando que eles continuam exercendo, mesmo estando presos. A cooperação entre a União e os estados é essencial para o fortalecimento da segurança pública e para enfrentarmos com firmeza o crime organizado. Não haverá trégua para criminosos que tentam desafiar o Estado. Não mediremos esforços para proteger a população e enfraquecer as organizações criminosas no Rio de Janeiro”, afirmou o governador.

O ministro Ricardo Lewandowski informou que as vagas no Sistema Penitenciário Federal serão abertas imediatamente. “A missão é a cooperação total entre União e o Rio de Janeiro. Estamos empenhados em combater o crime de forma cooperativa e integrada. Esse é mais um exemplo da integração federativa que a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Segurança Pública pretende colocar em prática”, disse o ministro.  

Desde 2023, o governo do estado do Rio de Janeiro já transferiu 34 presos de alta periculosidade para presídios federais. Só em 2023, foram 20 transferências, sendo que uma megaoperação removeu, de uma só vez, 16 lideranças criminosas para presídios federais.