‘Não sou a mesma pessoa de 10 anos atrás’
Após ser acusada de preconceito por causa de uma série de tuítes antigos, a atriz Karla Sofía Gascón se pronunciou sobre o tema neste sábado (1°).
Em uma rede social, a protagonista de “Emilia Pérez” voltou a se defendeu e afirmou que “não é a mesma pessoa de 10 anos atrás”.
“ELES JÁ GANHARAM. A primeira coisa que eu gostaria de fazer é pedir o perdão mais sincero daqueles que se sentem mal sobre a maneira como eu me expressei em qualquer fase da minha vida. Eu tenho muitas coisas para aprender neste mundo, as formas [nas quais eu aprendo] são meu maior defeito. A vida me ensinou algo que eu nunca quis aprender: está claro para mim que não importa o quanto minha mensagem seja minha mensagem, sem usar as palavras adequadas, [a mensagem] pode se converter em outra,” escreveu.
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“Não posso mudar meus atos do passado. Só posso dizer que hoje não sou a mesma pessoa de dez ou 20 anos atrás. E, ainda que nunca tenha cometido nenhum crime, também não era perfeita — e nem sou agora. Apenas tento aprender e ser uma pessoa melhor a cada dia”, completou.
Protagonista do filme ‘Emilia Pérez’ e primeira atriz trans indicada ao Oscar, Karla teve posts antigos revisitados após uma declaração polêmica sobre Fernanda Torres.
Em entrevista à Folha de S.Paulo, a espanhola afirmou que pessoas que trabalham com a atriz brasileira falam mal dela e de ‘Emilia Pérez’.
Conteúdo dos tuítes
Em algumas das postagens, Karla reclama da presença de muçulmanos na Espanha e critica ações de representatividade no próprio Oscar.
“Perdão, é impressão minha ou cada vez há mais muçulmanos na Espanha? Cada vez que vou buscar minha filha na escola há mais mulheres com os cabelos cobertos e as saias baixas até os calcanhares. Talvez, no ano que vem, em vez de inglês tenhamos que ensinar árabe… e um cordeiro”, escreveu a artista em um post de novembro de 2020.
Sobre o prêmio da Academia, a atriz escreveu: “Cada vez mais o Oscar se parece uma entrega de prêmios de cinema independente e de cinema reivindicativo, não sabia se eu estava vendo um festival afro-coreano, uma manifestação BlackLivesMatter (Vidas Negras Importam) ou o 8M. Além de uma gala feia. Faltou dar um prêmio para o curta do meu primo, que é manco”.
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