Polícia

Trio é condenado por roubar, estuprar, e matar dona de salão de beleza em Nova Venécia

 
A Justiça do Espírito Santo condenou Elismar Conceição de Jesus, Jardel Alves dos Santos e Valdir Gonçalves pelo assassinato de Valéria Ferrugini, conhecida como “Teteia”, uma empresária de 58 anos. A dona de um salão de beleza foi morta em sua residência, no Centro de Nova Venécia, em julho de 2024. A sentença, emitida em 17 de dezembro, atribuiu ao trio as penas pelos crimes de latrocínio (roubo seguido de morte) e estupro.Publicidade

Foto mostra movimentação de perícia e polícia em frente a casa onde ocorreu o crime. Crédito: Leitor / Rede Notícia

Jardel Alves dos Santos: Recebeu 31 anos e 5 meses de prisão. O juiz Ivo Nascimento Barbosa destacou a premeditação do crime, agravada pela confiança conquistada pela vítima. “A culpabilidade se revela desfavorável… evidenciando maior reprovabilidade da conduta”, afirmou o magistrado. Jardel confessou o crime, detalhando sua participação e a dos comparsas, incluindo o uso de cocaína na residência da vítima. Ele admitiu amordaçar Valéria e amarrar suas mãos e pernas, além de relatar episódios de violência física e abuso sexual.
Elismar Conceição de Jesus: Condenado a 29 anos de prisão. Embora sem antecedentes criminais, sua pena foi agravada pela crueldade dos atos. Segundo o relato judicial, Elismar participou ativamente das agressões que levaram Valéria à morte. Ele teria desferido socos contra a vítima, colaborando para sua imobilização e sufocamento.
Valdir Gonçalves: Condenado a 7 anos e 4 meses por sua atuação como motorista, facilitando a fuga com os objetos roubados. Valdir alegou não ter ciência das intenções dos comparsas, mas evidências indicaram seu envolvimento indireto no crime.

Valéria, que era uma mulher trans e figura conhecida na cidade, foi encontrada morta em condições brutais no dia 24 de julho de 2024. De acordo com a perícia, ela sofreu traumatismo craniano e asfixia, além de sinais de violência sexual. Os criminosos amarraram e amordaçaram a vítima, cometendo os atos enquanto roubavam itens de sua casa.

A Polícia Civil utilizou imagens de câmeras de segurança que captaram o trio entrando e saindo da residência com os bens roubados. O delegado Willian Dobrovosk destacou que “as provas eram robustas para esclarecer a participação de cada um”, incluindo depoimentos e materiais biológicos coletados no local.
Vídeos também mostraram os suspeitos celebrando o crime após deixarem a cena. “Foi uma cena muito violenta. Nosso desafio foi reconstruir o que aconteceu na casa naquele período de uma hora”, disse Dobrovosk.
Além das penas de prisão, o juiz manteve a prisão preventiva dos acusados e determinou o pagamento das custas processuais. A condenação trouxe alívio para a comunidade de Nova Venécia, mas também gerou reflexões sobre a violência extrema enfrentada por mulheres trans no Brasil.

 

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